Através da vivência das virtudes vamos lapidando-nos e retirando as crostas, ou seja, os excessos que são, na maioria das vezes, o ódio, a preguiça, o egoísmo, a inveja e avareza. Essa lapidação mostra o valor da pedra, que num primeiro momento está oculto aos olhos. Enquanto que a fé é a certeza de que ali existe uma jóia rara, belíssima, que necessita vir à tona.
O processo de descoberta de si próprio e de seus talentos exige decisões, as quais independem de fatores externos, sendo motivadas integralmente por aquele que deseja verdadeiramente compartilhar e multiplicar seus talentos. O fato de assumir os erros permite extinguir com desculpas, pondo à luz suas fraquezas e a partir dali projetar a conversão necessária para efetivamente pôr-se no seu devido lugar. Lugar este que é individual e intransferível, sendo que a comunidade fica mais completa quando decidimos usar nossos talentos individuais.
Sabendo do nosso lugar e também sabendo que nossa missão é mutável, deve-se estar livre de circunstâncias e matérias que nos prendem. Isso não significa abandoná-las, mas sim usar da sabedoria para bem usufruí-las. Oportunidades e cargos são momentâneos e cabe a cada um viver cada etapa da vida da melhor maneira possível. Isso quer dizer que possamos abrir mão do tangível (matéria ou bens) e do intangível (status, aparência, cargos) para vivermos livres do peso da perda.
Portanto, para que possamos ter uma vida plena, devemos usar nossos talentos sem as amarras da posse e ter fé que certamente a jóia que há em cada um possa ser multiplicada e assim receber a graça que Nosso Senhor Jesus Cristo pagou por cada um de nós na cruz.
Referências externas:
Bíblia: Mateus 25,14-30
Youcat: Questão número 300
Programa direção espiritual 15/03/13 - TV Canção Nova
Imagem: Arquivo pessoal
